sábado, 30 de janeiro de 2016

A criação artística por Pina Bausch



As palavras apenas evocam as coisas.É aí que entra a dança.

Dance, dance...senão estamos perdidos.

As coisas mais belas estão quase sempre escondidas.É preciso apanhá-las e cultivá-las e deixá-las crescer bem devagar.

Um campo florido guardado por cães pastores simboliza as dualidades humanas:de um lado o desejo, o sonho e a esperança. De outro,a realidade.








Eu não estou interessada em como as pessoas se movem,eu estou interessada no que as faz mover.









 Conhecendo Pina:


A criação artística por Andrei Tarkóvski


“Toda a criação artística luta pela simplicidade, pela expressão perfeitamente simples, o que implica chegar aos níveis mais distantes e profundos da recriação da vida.Esse, porém, é o aspecto mais doloroso do trabalho de criação:descobrir o caminho mais curto entre aquilo que se quer dizer ou expressar e sua reprodução definitiva na imagem consumada.A luta pela simplicidade é a dolorosa busca de uma forma adequada para a verdade que se conquistou.Deseja-se imensamente realizar grandes coisas com a máxima economia de meios.”














Obras:



sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

NA ARTE E NA VIDA: François Truffaut





Sempre preferi a reflexão da vida à própria vida.


Existem excelentes filmes que possuem erros técnicos. E filmes tecnicamente muito bem realizados, mas de um vazio interior e uma seca que dá pena. Para mim, é muito mais importante a inspiração, o desejo de dizer alguma coisa, fazer alguma coisa. O resto é menos importante.



"O diretor está obrigado a preocupar-se com os atores, o ponto forte nas filmagens."

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

NA VIDA E NA ARTE: CLARICE LISPECTOR





Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso.Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta o edifício inteiro.

Os fatos são sonoros. O que importa são os silêncios por trás deles.

Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento.

 Não importa se teu mundo tá caindo aos pedaços.Quando você começa a ter mais fé,de alguma maneira linda a vida dá um jeito de ficar melhor.

Antes de julgar a minha vida ou o meu caráter... calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias. Percorra os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei e levante-se assim como eu fiz. E então, só aí poderás julgar. Cada um tem a sua própria história. Não compare a sua vida com a dos outros. Você não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida.







quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

NA VIDA E NA ARTE: Tarkovski


"O assunto que abordo neste filme é, na minha opinião, o mais crucial: a ausência de espaço para a existência espiritual em nossa cultura. Nós ampliamos a meta das nossas realizações materiais e conduzimos experiências materialistas sem levar em conta a ameaça que é privar o homem de sua dimensão espiritual. O homem está sofrendo, mas não sabe porque. Ele sente uma ausência de harmonia e procura a sua causa."

"O artista nunca trabalha em condições ideais, pelo contrário, o artista existe porque o mundo não é perfeito. A arte seria desnecessária se o mundo fosse perfeito, assim como o homem não procuraria por harmonia, apenas viveria nela."

"A questão da vanguarda é peculiar ao século XX, à época em que a arte vem progressivamente perdendo a sua espiritualidade. A situação é ainda pior nas artes visuais, que hoje estão quase inteiramente privadas de espiritualidade. A opinião corrente é a de que esta situação reflecte a “desespiritualização” da sociedade moderna, um diagnóstico com o qual, a nível de simples constatação da tragédia, concordo plenamente: trata-se mesmo de um reflexo da actual situação. A arte, porém, não deve apenas reflectir, mas também transcender; seu papel é fazer com que a visão espiritual influencie a realidade, como fez Dostoiesvski, o primeiro a expressar de forma inspirada o mal da época."




"Se tentarmos agradar o público, aceitando acriticamente suas preferências, isso significará apenas que não temos respeito algum por ele, que só queremos o seu dinheiro. Em vez de educarmos o espectador através de obras de arte inspiradoras, estaremos apenas ensinando o artista a garantir seu lucro. De sua parte, o público – satisfeito com aquilo que lhe dá prazer – continuará firme na convicção de estar certo, uma convicção no mais das vezes sem fundamento. Deixar de desenvolver a capacidade crítica do público equivale a tratá-los com total indiferença."